Confira como a educação financeira pode ser sua aliada para evitar o acúmulo de dívidas
O superendividamento é uma realidade que afeta milhões de pessoas. No Brasil, segundo o último levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 65 milhões de brasileiros estavam inadimplentes em janeiro de 2023. Um número que assusta, não é verdade?
A falta de conhecimento sobre o próprio dinheiro é um dos principais fatores que levam ao acúmulo de dívidas, criando um ciclo vicioso que pode ser difícil de quebrar. No entanto, a educação financeira surge como uma ferramenta poderosa para prevenir e combater esse problema, promovendo uma condição de vida melhor para todos.
O Ministério da Educação (MEC) conceitua educação financeira como o processo de adquirir conhecimentos e habilidades para gerenciar recursos financeiros de maneira eficaz. Inclui compreender conceitos básicos como orçamento, poupança, investimento, crédito e endividamento. A sua importância reside na capacidade de formar pessoas para tomarem decisões informadas e responsáveis.
Com uma boa base, pode-se evitar armadilhas comuns, como gastos excessivos, uso exagerado de crédito e falta de planejamento para emergências. Assim, esse conhecimento tem ajudado milhares de pessoas a se prevenirem contra o superendividamento e promoverem o bem-estar financeiro a longo prazo.
Só imaginar viver em uma situação de superendividamento já dá calafrios, e sabemos que imprevistos acontecem – afinal, não conseguimos controlar tudo o que acontece no mundo. Uma demissão inesperada ou até mesmo uma pandemia pode forçar qualquer pessoa a recorrer às dívidas para pagar as contas. No entanto, é preciso estar sempre preparado e vigilante e ter um conhecimento financeiro afiado, sabendo a melhor atitude para tomar caso o pior venha a acontecer.
Para isso, existem diversos programas e cursos de educação financeira disponíveis para consumidores e empresas. Os interessados podem acessar plataformas como Coursera e Udemy e instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Todas oferecem aulas e materiais abrangentes sobre finanças pessoais e empresariais. Um outro caminho é o dos workshops e seminários. Bancos e empresas de consultoria frequentemente organizam esses tipos de eventos para educar o público. Fique atento!
Um dos pilares da educação financeira é a gestão de finanças pessoais, que tem como objetivo principal evitar hábitos de consumo desenfreado. Você tem esses hábitos? Se sim, ligue o sinal de alerta e procure hoje mesmo começar a estudar sobre como se relacionar melhor com as suas finanças.
Mas como essa tal de educação financeira contribui para a mudança de hábitos? Simples! Ela ensina a importância de criar e seguir um orçamento, ajudando as pessoas a viver dentro de suas possibilidades. Além disso, mostra a importância de poupar regularmente e de investir para o futuro, gerando segurança financeira; alerta sobre os riscos do uso excessivo e irresponsável do crédito; e incentiva a reflexão sobre as diferenças entre necessidades reais e desejos, promovendo decisões de compra mais conscientes.
No Brasil, a promoção da educação financeira vem ganhando cada vez mais destaque, graças a uma combinação de políticas públicas e iniciativas privadas que buscam capacitar a população. Vamos explorar algumas dessas ações.
Uma das políticas públicas mais relevantes é a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), que é coordenada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) e envolve diversas entidades governamentais e não-governamentais. Seu objetivo é claro: promover a educação financeira e previdenciária em todo o país. Com a ENEF, são desenvolvidos materiais didáticos, cursos e programas de conscientização que alcançam diversas camadas da população.
O Banco Central (BC) do Brasil também desempenha um papel crucial. Com diversas campanhas, como o site “Cidadania Financeira” e a publicação de guias e seminários, o BC trabalha incansavelmente para disseminar conhecimento entre os brasileiros, contribuindo para um país financeiramente mais consciente.
No setor privado, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) se destaca. Seus materiais educativos e eventos, como a “Semana da Educação Financeira” alcançam um público amplo, ressaltando a importância da gestão financeira em diversas etapas da vida.
Se a sua intenção é poupar dinheiro, o consórcio pode ser uma ótima opção. Nele, você contribui mensalmente com um valor que, além de ser acessível, não pesa no orçamento, permitindo que você acumule recursos gradualmente. Sem a cobrança de juros característica de financiamentos tradicionais, o consórcio surge com uma opção mais econômica e vantajosa. Além disso, a possibilidade de ser contemplado antecipadamente por meio de sorteios ou lances oferece flexibilidade e a chance de adquirir bens ou serviços antes do previsto. Confira os grupos disponíveis do Consórcio Nacional Bancorbrás.
Nosso objetivo, aqui, não é te assustar, mas, sim, alertar sobre uma realidade que muitos ignoram ou pensam “Ah, mas isso nunca vai acontecer comigo”. Por isso a educação financeira é tão importante: você nunca sabe quando o endividamento pode atingir o seu bolso. Assim, para finalizar este conteúdo, separamos duas histórias de superação de pessoas relevantes no mercado.
Nathalia Arcuri é a fundadora do canal “Me Poupe!” (nome bem sugestivo, hein?) no YouTube, que se tornou o maior canal de finanças do Brasil. No entanto, nem tudo foram flores na sua vida. Antes de ter conseguido alcançar o sucesso, ela enfrentou dificuldades econômicas e percebeu a importância da educação financeira. Ela começou a estudar sobre o tema, economizar e investir de forma inteligente. Hoje, ela compartilha dicas práticas sobre como sair das dívidas, poupar e investir, ajudando milhões de brasileiros a melhorar suas finanças pessoais.
Outro exemplo é o de Gustavo Cerbasi, um renomado consultor financeiro e autor de vários best-sellers sobre finanças pessoais no Brasil, incluindo “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”. Cerbasi também enfrentou desafios no início da sua carreira. Ele estudou muito e conseguiu não apenas superar suas dificuldades, mas também ajudar muitas outras pessoas a fazerem o mesmo. Seus livros e cursos são amplamente utilizados por quem busca educação financeira no país.
Insumos:
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/35987-educacao-financeira
https://www.bcb.gov.br/cidadaniafinanceira
https://www.bcb.gov.br/pre/pef/port/Estrategia_Nacional_Educacao_Financeira_ENEF.pdf
https://portal.febraban.org.br/noticia/4025/pt-br/
https://meubolsoemdia.com.br/Materias/educacao-financeira
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-financeira
https://www.suno.com.br/guias/educacao-financeira/